quarta-feira, 30 de outubro de 2013

      Resenha do artigo: Desafios Culturais da Comunicação à Educação de Jesús Martín-Barbero

       Em sua obra o autor indaga como o campo da comunicação pode atuar frente aos desafios que a Educação tem que enfrentar em vista da formação de cidadãos livres e capazes de atuar de forma autônoma na sociedade. Jesús Martin-Barbero discute as dificuldades e principalmente a incapacidade da escola de alterar sua relação com a produção e aquisição do conhecimento afirmando que o modelo de comunicação predominante na escola é vertical e autoritário na relação professor-aluno e linear sequencial no aprendizado, impedindo que se abra de maneira a enriquecer os alunos com as novas linguagens dos meios de comunicação.
       Pautada em um modelo de comunicação predominantemente vertical e autoritário, a escola acaba privando a criança de se relacionar com as diversas linguagens que cada qual com a sua especificidade comunicam e dialogam algo, com alguém, para alguém e certamente com algum objetivo. Além das linguagens de comunicação outras linguagens como a linguagem musical, plástica, a linguagem corporal, teatral entre outras são privadas do meio na qual esta criança está inserida limitando a sua criatividade, produção e desenvolvimento da mesma e o acesso às diversas expressões culturais. 
       Esse modelo educacional vem sido bastante contestado por alguns teóricos da área da educação, principalmente quando o objeto de estudo se refere à educação de crianças com necessidades especiais, necessitadas extremamente de meios ou recursos lúdicos, diversos e significativos para o seu desenvolvimento integral.
      O aluno especial, dentro desta perspectiva, torna-se desprovido de estímulos adequados ao seu desenvolvimento, estímulos estes que não visam a superação de suas limitações dificultando o desenvolvimento e  a estimulação de suas potencialidades.
       Como dialogar o campo da comunicação com o campo educacional especializado? Como estabelecer práticas prazerosas e produtivas quando o assunto em foco é a introdução de novas linguagens dos meios de comunicação ao ambiente escolar? Reflita!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Informática na Educação Especial


       

       A informática, hoje tão presente em nossas vidas, é extremamente necessária aos portadores de necessidades educacionais especiais, permitindo assim que o aluno com deficiência utilize os recurso disponíveis no computador, como o auxílio visual, auditivo, motor e interativo para facilitar a sua aprendizagem.
       A utilização da informática para o processo ensino-aprendizagem na educação especial atende necessidades específica no âmbito da deficiência mental, físico-sensorial e motor, com influências nas dimensões socio-afetivas. Essa ferramenta propicia um ambiente estimulador e diferenciado de aprendizagem que desperta o interesse do aluno, estimulando atividades cognitivas básicas e de conceitos nas diversas áreas do conhecimento.
       A informática especial é um recurso pedagógico e de comunicação que propicia aos alunos portadores de necessidades especiais possibilidades de novas experiências, favorecendo seu desenvolvimento e aprendizagem globais. As aulas de informática ministradas se norteiam para a aquisição de conceitos básicos visando a alfabetização, pedagógico, interação social e a comunicação.
A utilização deste recurso atende a uma diversidade de alunos portadores de diferentes patologias em diversas faixas etárias. O trabalho pedagógico nesta perspectiva terá maior amplitude, possibilitando a interatividade entre o trabalho a ser desenvolvido na sala de informática e na sala de aula.

Objetivo Geral: 

  • Através de um ambiente computacional propiciar o desenvolvimento das potencialidades cognitivas de alunos com necessidades educacionais especiais, entendidos como sujeitos do seu processo de aprendizagem e construção de seus conhecimentos.
  • Troca pedagógica entre a sala de aula e o ambiente da informática.
  • Possibilitar maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Objetivo Específico:

  • Desenvolvimento de Conteúdos Pedagógicos com base no Currículo Nacional Comum;
  • Comunicação Alternativa para alunos com graves comprometimentos motores;(caso na escola tenha alunos com Deficiência Física
  • Conhecimento Básico de Informática para futura inserção no mercado de trabalho.


Educação Especial

       A educação especial, tanto quanto a educação regular, tem caminhado historicamente no sentido de garantir o seu papel no processo de transformação da sociedade. Mais especialmente, em relação à educação especial, esta busca tem se pautado em diferentes concepções de homem e de mundo que, consequentemente, conduzem a diferentes abordagens do ponto de vista da metodologia, pesquisa, produção tecnológica, terminologia entre outros.
       O processo histórico revela momentos distintos em relação ao papel e o lugar ocupado pela pessoa com deficiência na sociedade. Historicamente temos conhecimento, eram os deficientes eliminados de diversas formas (eliminação no sentido do extermínio e no sentido do asilo). Esta atitude provinha da preocupação do grupo social no sentido do "não ver". Desde a época mais primitiva passando pelo Cristianismo, Idade Média e Reformismo, todos os momentos da sociedade eram explicados pelo prisma dualista de Deus e Diabo, Céu e Inferno, Bem e Mal. Neste contexto os deficientes eram encarados como: "crianças de Deus" ou "indivíduos possuídos pelo Satanás" e assim, eram condenados ao extermínio. Com a busca do homem em torno da resposta mais científica para os fenômenos sociais, ocorrem as primeiras tentativas de "classificar" os deficientes a partir de conceitos provenientes da biologia.
       Surgem as primeiras iniciativas de atendimento em instituições (autênticos guetos, depósito e reserva de segregados) assumidas pela sociedade civil, representada em sua maioria por instituições filantrópicas que na sua trajetória, a despeito de se constituir um grande esforço dos segmentos sociais, mantém resquícios do habitual isolamento. Ainda hoje, existem instituições de educação especial que, predominantemente, fundamentam sua prática na guarda e assistência.
       As sequelas catastróficas das duas grandes guerras mundiais criam movimentos de caráter sócio-político (eliminação de práticas discriminatórias) e éticos (movimento em favor dos direitos civis), que caminham visando o processo de democratização social. Esses movimentos contribuíram para que os países membros de convenções e conferências internacionais redefinissem diretrizes políticas de educação inclusiva.
       Assim, o Brasil, a partir do final do século XX, redefine a política educacional na perspectiva da inclusão das minorias lançando, no âmbito da educação especial, o documento: Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução 02/2001 do Conselho Nacional de Educação) no qual considera:
Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.